A Greenplac, fabricante de MDF controlada pela holding brasileira Colpar, vai investir R$ 50 milhões para ampliar a produção de MDF revestido em sua planta industrial localizada no município de Água Clara, em Mato Grosso do Sul. Com isso, os aportes da empresa em 2025 deverão alcançar ao menos R$ 120 milhões, tendo em vista os R$ 70 milhões anunciados no início do ano destinados a florestas, certificações e novas tecnologias.
Com a nova linha, que deverá entrar em operação em 2026, a capacidade de revestimento da unidade passará de entre 12 mil e 13 mil metros cúbicos por mês para cerca de 20 mil. “O MDF revestido é o que agrega valor e gera diferencial”, afirmou Valmir de Souza, diretor-executivo da Colpar Brasil, ao NPagro. O MDF revestido representa atualmente 45% do volume de produção da Greenplac. A maior fatia ainda é dominada pelo MDF cru, a “commodity” do segmento.
O MDF cru é normalmente vendido a indústrias de móveis populares, ao passo que o revestido é demandado por empresas de móveis planejados e revendas. Entre 95% e 97% da produção total da Greenplac é negociada no mercado interno, e o restante é exportado para países próximos, como Bolívia e Paraguai. Desde que foi criada, em 2018, a companhia já investiu mais de R$ 1 bilhão, sobretudo em seu maciço florestal.
Segundo Souza, a empresa conta atualmente com 18 mil hectares de florestas próprias e certificadas de eucalipto, o que garante a autossuficiência da empresa e permite inclusive a venda de excedentes a outros players do ramo. De acordo com Laís Carelo, gerente de Marketing e Produto da Greenplac, o grupo Colpar já investe em reflorestamento há cerca de 30 anos.
A executiva destaca que a Greenplac fomenta práticas sustentáveis em sua produção de madeira – que colaborou para os selos de qualidade obtidos pelo MDF vendido -, com programas de reflorestamento como Flora Tietê e Flora MS, além de manter projetos sociais voltados à região onde atua, como o Escola Rural. Ainda na linha ESG, a fábrica de Água Clara reaproveita água da chuva e rejeitos como a casca do eucaplito, que vira biomassa para a geração de energia.
“Na fábrica, entra matéria-prima e só sai chapa. Tudo é reaproveitado”, conclui Souza.
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