Em franco crescimento nos últimos anos, a Hinove, produtora brasileira de fertilizantes especiais sólidos e líquidos que deverá faturar mais de R$ 1 bilhão em 2025, acaba de emitir um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) para captar R$ 70 milhões. Realizada pela Éxes Securitizadora, a operação, que fortalecerá o capital de giro da empresa, tem o banco Santander como coordenador líder e a Éxes Serviços Financeiros como coordenadora. Com remuneração de CDI + 4,2%, o CRA tem vencimento em junho de 2029.
“A emissão está alinhada ao framework de finanças verdes da companhia, que prevê investimentos em produtos mais sustentáveis e eficientes. O documento foi validado pela S&P Global Ratings com parecer “Verde médio”, reconhecendo avanços relevantes rumo a uma economia de baixo carbono”, informou a Éxes Securitizadora. Diferentemente da tradicional produção de fertilizantes fosfatados, o modelo da Hinove, que em 2025 completa 14 anos, não gera rejeitos ambientalmente indesejáveis. Trata-se da segunda emissão de CRA da Hinove. Na primeira, em 2022, levantou R$ 100 milhões.
“Nosso foco é inovação”, afirmou Roberto Martins, cofundador e presidente do conselho de administração da Hinove, ao NPagro. Com sede em Araraquara, no interior paulista, a companhia conta com fábricas em Guará e Registro, também em São Paulo, e em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. Nas unidades paulistas, mantém produção de grânulos e mistura; na sul-mato-grossense, mistura fertilizantes sólidos e líquidos. Com diferentes misturas de NPK e granulação de adubos especiais, feitos sob medida para seus mais de mil clientes, a empresa conta com centenas de fórmulas.
“Essa capacidade de customização, que nos fertilizantes líquidos é maior que nos sólidos, é um dos nossos principais diferenciais”, disse Martins. Daí porque, de acordo com ele, a Hinove tem mais de 90% de clientes recorrentes. Cerca de 60% das vendas da Hinove são destinadas a produtores de cana, foco inicial da empresa, mas a diversificação de culturas tem sido fundamental para seu avanço. No caminho para produzir entre 450 mil e 500 mil toneladas de fertilizantes (a capacidade nominal das três fábricas soma 2,5 milhões de toneladas) e faturar R$ 1,1 bilhão em 2025, 35% mais que em 2024, insumos para lavouras de soja e milho, café, eucalipto e laranja tendem a ganhar espaço no portfólio.
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