JBS encerrou o 4ª tri de 2024 com lucro líquido de R$ 2,4 bi; Ebitda cresceu 111%

Durante todo o ano passado, receita líquida consolidada da companhia somou R$ 417 bilhões, quase 15% mais que em 2023
Fernando Lopes

A JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, encerrou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 2,412 bilhões, ante resultado positivo de R$ 82,6 milhões em igual intervalo de 2023. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 111,4%, para R$ 10,789 bilhões, e a receita líquida da companhia aumentou 21,1%, para R$ 116,7 bilhões. 

O incremento do lucro líquido se deu apesar da alta de 24,8% do prejuízo financeiro líquido da empresa, que alcançou R$ 2,105 bilhões no último trimestre do ano passado, quando houve forte variação cambial no Brasil. A dívida líquida da JBS encerrou 2024 em R$ 84,07 bilhões, 13,5% mais que em 31 de dezembro do ano anterior, mas a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) recuou de 4,32 vezes para 2,15 vezes nessa comparação.

Entre outubro e dezembro de 2024, a receita líquida da gigante foi liderada pela JBS Beef North America, que reúne as operações de carne bovina do grupo nos EUA. Foram R$ 37,392 bilhões, com crescimento de 20,3% ante o quarto trimestre de 2023. Em seguida aparecem a subsidiária americana Pilgrim’s Pride, com R$ 25,522 bilhões (+13,9%), a JBS Brasil, com R$ 20,224 bilhões (+36,4%), a Seara, com R$ 13,292 bilhões (+27,2%), a JBS USA Pork, com R$ 11,69 bilhões (+12,3%), e a JBS Australia, com R$ 10,315 bilhões (+20,4%).

No ranking dos melhores Ebitdas ajustados registrados, a Pilgrims’s Pride puxou a fila, com R$ 3,763 bilhões (+71,8%), seguida por Seara, com R$ 2,627 bilhões (+291,9%), JBS USA Pork, com R$ 1,583 bilhão (+63,8%), JBS Australia, com R$ 819 milhões (-7,3%) e JBS Beef North America, com R$ 647,1 milhões (ante resultado negativo de R$ 488,5 milhões um ano antes).

“Apesar do cenário desafiador nos Estados Unidos, a JBS Beef North America entregou resultados superiores aos de 2023. No Brasil, a Seara conquistou uma recuperação impressionante, alcançando margem de 19,8% no quarto trimestre. O negócio captura valor das melhorias operacionais e comerciais implementadas ao longo do ano, mas ainda há espaço para mais melhorias, sobretudo na gestão de preços, mix e categorias premium”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, em texto que acompanha os resultados divulgados.

No texto, o executivo realça, ainda, que a companhia registrou em 2024, a segunda maior geração de caixa livre de sua história (R$ 13,2 bilhões), impulsionada pelas operações de aves e suínos (nos EUA e no Brasil), que a Pilgrim’s Pride teve o melhor ano de sua trajetória e que foi possível capturar bons resultados com os ciclos pecuários de oferta favorável de bovinos na Austrália e no Brasil. 

Destacou também que em outubro foram distribuídos R$ 4,4 bilhões em dividendos – e em janeiro, mais R$2,2 bilhões, e lembrou dos recentes avanços nos planos da empresa para a dupla listagem de seus papéis, nos EUA e no Brasil. O CEO destacou, finalmente, a recente entrada da JBS na categoria ovos, com a aquisição de 50% da Mantiqueira Brasil, uma das líderes do segmento no Brasil, dando prosseguimento a uma estratégia histórica de diversificação regional e de proteínas.

Em todo o ano passado, a JBS registrou lucro líquido de R$ 9,616 bilhões, ante prejuízo líquido de R$ 1,061 bilhão em 2023, Ebitda ajustado de R$ 39,04 bilhões, em alta de 127,5%, e receita líquida de R$ 416,952 bilhões, 14,6% superior ao montante do ano anterior.

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