Cerca de um terço dos produtores rurais do país não pretende buscar novos financiamentos nesta safra 2024/25, conforme apontou o Monitor de Tendências do Agronegócio Brasileiro divulgado recentemente pelo Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Baseado em trabalho de campo realizado pela consultoria Kynetec Brasil, a pesquisa apontou que juros elevados, burocracia e demora para a liberação de recursos são os motivos apontados para o comportamento em relação à busca de crédito.
A pesquisa ouviu 514 produtores agropecuários em todas as regiões do Brasil. Dentre os agricultores consultados, 29% disseram que não contratarão novos financiamentos, enquanto entre os pecuaristas o percentual chegou a 35%. Na safra passada, 69% dos agricultores e 52% dos pecuaristas contrataram algum tipo de financiamento, sobretudo para a aquisição de insumos e novos equipamentos.
O custo do crédito no país também afeta a contratação de novas tecnologias pelos produtores rurais, que muitas vezes também é contida por preços elevados. Entre os investimentos realizados pelos agricultores, a pesquisa destaca as ferramentas de análise de dados e os bioinsumos. Entre os pecuaristas, o foco está em nutrição.
“Ainda segundo a pesquisa, para a safra atual os agricultores pretendem investir mais em calcário (18%), manter investimento em defensivos (79%), investir menos em máquinas e equipamentos (23%) e não investir em irrigação (75%). Entre os pecuaristas, a tendência é de maior investimento em reforma, recuperação de pastagem (28%) e manutenção dos mesmos patamares de investimento em concentrado (70%)”, informou a Fiesp, em comunicado.
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