Os reflexos negativos do persistente clima quente e seco no Rio Grande do Sul levaram a AgRural a revisar para baixo sua estimativa para a produção brasileira de soja nesta safra 2024/25. Segundo a consultoria, o volume total deverá alcançar 165,9 milhões de toneladas ante as 168,2 milhões previstas anteriormente.
A correção afastou o número da AgRural da projeção mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada no dia 13. De acordo com a estatal, a colheita do grão deverá somar 167,4 milhões de toneladas, 13,3% mais que no ciclo 2023/24. Mas, se confirmados, tanto o número da Conab quanto o da AgRural representarão novos recordes históricos.
“O corte foi puxado pelo Rio Grande do Sul, único Estado do Brasil que vai colher produção menor que na safra passada. Também houve ligeiras reduções no Paraná e em Mato Grosso do Sul (ajustes finos de perdas já estimadas em revisões anteriores), além de pequenos cortes na Bahia e no Piauí, que têm enfrentado tempo mais seco desde fevereiro”, informou a AgRural. É a recuperação da produção em Mato Grosso, que sofreu com o clima em 2023/24, que está compensando esses ajustes, ao menos em parte.
De acordo com a consultoria, a colheita de soja foi concluída em 77% da área nacional de cultivo até quinta-feira, contra 70% na semana anterior e 69% um ano antes, quando estavam em andamento os trabalhos referentes à temporada 2023/24. Segundo a Conab, a área de cultivo alcançou 47,5 milhões de hectares em 2024/25, com aumento de 2,8%.
Milho safrinha
Ainda conforme a AgRural, o plantio da safrinha de milho já foi concluído neste ciclo na região Centro-Sul do Brasil. “As lavouras se desenvolvem bem em Mato Grosso, onde as chuvas têm acumulado bons volumes. Nos demais estados, porém, a irregularidade das precipitações preocupa. Os destaques negativos ficam a cargo do noroeste de Minas Gerais e de áreas no oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul, onde as chuvas têm sido manchadas”, realçou a consultoria.
A Conab calcula a área da safrinha em 16,7 milhões de hectares, 1,9% mais que na temporada passada. A produção, conforme a estatal, deverá atingir o recorde de 95,5 milhões de toneladas, com incremento de 5,8% na comparação com 2024/25.
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