Lucro da Bunge encolhe 17% no primeiro trimestre de 2025

Receita da companhia recuou 13% diante da queda nas vendas de todas as suas unidades de negócio
Alexandre Inacio

A gigante do agronegócio Bunge viu seu lucro líquido encolher 17% no primeiro trimestre de 2025. Nem mesmo o aumento da demanda gerado pela guerra tarifária entre Estados Unidos e China evitou a piora nos resultados no período. O lucro da Bunge recuou de US$ 244 milhões para US$ 201 milhões.

Também houve piora do ponto de vista operacional. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) da Bunge recuou 46,4%, para US$ 362 milhões. Já a receita passou de US$ 13,4 bilhões para US$ 11,6 milhões, encolhendo 13,2%.

“No primeiro trimestre, nos beneficiamos das mudanças no cronograma de demanda e na atividade dos produtores relacionadas às tarifas e continuamos confiantes em nossa capacidade de continuar a operar, apesar do atual ambiente de mercado”, disse o CEO da companhia Greg Heckman.

Na unidade agrícola, responsável por 70% da receita, a Bunge registrou uma retração de 16% na receita de vendas, para US$ 8,1 bilhões. O volume de vendas passou de 20 milhões para 18 milhões de toneladas, recuando 9,4%. Já o Ebit encolheu 45%, para US$ 268 milhões.

Já a unidade de óleos especiais e refinados viu o volume de vendas cair 3%, para 2,13 milhões de toneladas. Com isso, a receita recuou 4,6%, para US$ 3,1 bilhões.

No primeiro trimestre, a Bunge deixou o mercado de margarinas e cremes na Europa, um negócio que faturava € 450 milhões, após vender a operação para o grupo familiar belga Vandemoortel. A transação incluiu as fábricas na Alemanha, Finlândia, Polônia e Hungria e também 20 marcas de consumo.

No mês passado, foi a vez de anunciar que estava se desfazendo da operação de moagem de milho nos Estados Unidos. A gigante do agronegócio vendeu seus negócios de moagem do cereal e massas secas para a americana Grain Craft. Foram vendidas as plantas de Crete, Atchison, Danville, Muleshoe, Red Oak e Worthington e a unidade de transbordo e embalagem em Querétaro, no México.

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