A Kepler Weber, líder em armazenagem e soluções para pós-colheita de grãos na América Latina, encerrou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 52 milhões, em queda de 36,6% ante igual intervalo do ano anterior. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 28,1%, para R$ 82,3 milhões, e a receita líquida da companhia recuou 8,4%, para R$ 460,1 milhões.
A piora dos resultados trimestrais refletiu a redução dos negócios na maior parte das áreas de atuação da companhia. No segmento “fazendas”, a receita líquida diminuiu 5,7%, para R$ 142,6 milhões. Em “agroindústrias”, a baixa foi de 33,8%, para R$ 131,7 milhões, e em “portos & terminais” chegou a 62,3%, para R$ 12 milhões. Em contrapartida, a receita do segmento “reposição & serviços” aumentou 8,5%, para R$ 95,8 milhões, e a do ramo “negócios internacionais” cresceu 142,4%, para R$ 78 milhões.
Em todo o ano passado, a Kepler Weber registrou lucro líquido ajustado de R$ 200,9 milhões, 9,7% inferior ao apurado em 2023. O Ebitda ajustado registrou incremento de 3,6%, para R$ 334,8 milhões, e a receita líquida avançou 6,3%, para R$ 1,607 bilhão. Em comunicado, a companhia, que completará 100 anos no dia 12 de maio, considerou os resultados consistentes diante da conjuntura (quebra de safra, queda dos preços dos grãos e alta dos juros) e destacou que a receita líquida foi a segunda maior de sua história, atrás apenas da obtida em 2022.
Na comparação anual, o segmento “fazendas”, que envolvem os projetos demandados pelos produtores rurais, alcançou receita líquida de R$ 519,9 milhões, com alta de 6,8%.No último trimestre, realçou a empresa, foram registradas novas vendas que contribuirão para os resultados de 2025. Os destaques foram seis projetos, espalhados por cinco Estados (Maranhão, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás).
No segmento “agroindústrias”, a receita atingiu R$ 492,6 milhões em 2024, em queda de 10,2% ante 2023. De acordo com a companhia, o encolhimento deriva de fatores macroeconômicos como a alta da taxa básica de juros e dificuldades na liberação de financiamentos. Mas a Kepler lembra que, ainda assim, houve vendas “expressivas” – incluindo projetos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, que somam R$ 38,2 milhões e vão elevar o faturamento neste primeiro trimestre de 2025.
Na área de “reposição & serviços”, a receita líquida anual aumentou 4,2%, para R$ 282,4 milhões, e o número de pedidos cresceu cerca de 10%; em “negócios internacionais”, a receita avançou 78,8% no ano passado, para R$ 199 milhões, com destaque para projetos no Paraguai e no Uruguai e para a retomada das vendas na Argentina; em “portos & terminais”, houve incremento de 19,9% da receita, para R$ 113,4 milhões, sob influência de “obras estratégicas” em Santos e na região do Matopiba.
“Para 2025, esperamos um mercado promissor, com uma safra recorde e volumes expressivos, mas também com altas exigências em termos de eficiência. Toda a cadeia do agronegócio está focada em fazer mais com menos, e na Kepler Weber não será diferente. Além dos ajustes realizados em 2024, nosso foco será otimizar ainda mais a eficiência dos nossos processos (…) Visualizamos um ano com sazonalidade para nosso segmento e um segundo semestre robusto e promissor”, informou a empresa no comunicado. Entre outros novos negócios, a Kepler Weber avança neste ano no aluguel de estruturas de armazenagem, como forma de diluir riscos e obter receitas recorrentes.
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