Lucro líquido da Boa Safra cresceu 26% no 3º trimestre; Ebitda aumentou 54%

Receita líquida da empresa de sementes registrou alta de 56%, para R$ 1,1 bilhão
Fernando Lopes
Marino Colpo, CEO da Boa Safra (foto: Comunicação Boa Safra)

A Boa Safra, uma das maiores empresas de sementes do país, encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 68 milhões, 26% mais que em igual intervalo de 2024. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia subiu 54%, para R$ 113 milhões, e sua receita líquida cresceu 56%, para R$ 1,1 bilhão.

Carro-chefe da empresa, as sementes de soja, com boa demanda para plantio nesta safra 2025/26, que poderá bater um novo recorde histórico, puxou o forte crescimento observado. Num trimestre de resultados positivos, Marino Colpo, CEO da Boa Safra, ressalvou apenas que o percentual de incremento do lucro ficou abaixo do esperado por causa de fatores como a elevada taxa de juros no Brasil e as oscilações das cotações da soja.

O executivo destacou, em contrapartida, que a carteira de pedidos da companhia para este quarto trimestre somava R$ 862 milhões no fim de setembro, um novo recorde para o período que indica que a performance financeira entre outubro e dezembro tende a ser mais forte que no mesmo período do ano passado. Dessa carteira, as sementes de soja representavam R$ 761 milhões.

Outras culturas, como sorgo, milho, feijão e trigo, respondiam por R$ 101 milhões, num sinal de que a diversificação pretendida pela Boa Safra continua em curso. No caso da soja, uma pequena parte das sementes teve a qualidade prejudicada pelo clima e foi descartada, tendo em vista que a empresa garante aos agricultores um índice médio de germinação de 90%. Em média, porém, o índice permanece acima de 94% pelo quarto ano seguido.

Colpo também destacou que a Boa Safra vive uma situação de bastante liquidez. A companhia fechou o terceiro trimestre com cerca de R$ 1,2 bilhão em caixa – montante, em parte, garantido pela emissão de dois CRAs de R$ 500 milhões cada um este ano. A inadimplência segue em baixo patamar e 95% da dívida é de longo prazo.

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