O conselho de administração da Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, aprovou ontem uma proposta de aumento do capital social da companhia de até R$ 2 bilhões, com a subscrição particular de até 386,8 milhões novas ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, pelo preço de emissão de R$ 5,17 por ação. Os acionistas terão direito de preferência na subscrição, na proporção de suas participações no capital da empresa.
“Destaca-se que os atuais acionistas Salic International Investment Company e VDQ Holdings S.A assumiram, perante a companhia, o compromisso de subscrever e integralizar, ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, de forma a, no mínimo, atingir a subscrição mínima”, informou a Minerva, em fato relevante. O aumento mínimo pretendido é de R$ 1 bilhão, e os subscritores terão direito a um bônus emitido em um única série, na proporção de um bônus para cada duas ações subscritas.
A proposta de aumento de capital, que ainda tem que ser aprovada em assembleia de acionistas, tem por objetivo principal reduzir a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da Minerva após a aquisição de ativos da Marfrig no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai. O negócio foi fechado por R$ 7,5 bilhões, e colaborou para que a alavancagem chegasse a 3,7 vezes no quarto trimestre de 2024, ante 2,8 vezes um ano antes.
Caso os acionistas exerçam integralmente os bônus de subscrição, o que resultaria mum valor adicional de R$ 1 bilhão, a expectativa é que a alavancagem caia para cerca de 3 vezes. Essa redução é considerada particularmente importante diante da virada do ciclo da pecuária no Brasil, onde a oferta de gado tende a ficar mais restrita, sobretudo a partir do segundo semestre deste ano.
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