O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou sua estimativa para a demanda global por soja nesta safra 2024/25 e, com isso, reduziu a projeção para os estoques finais e tornou um pouco menos folgada a relação entre oferta e consumo. Mas muito pouco. Essa relação confortável mantém as cotações sob pressão no mercado internacional. Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja acumulam queda de cerca de 15% no último ano.
Em relatório divulgado nesta terça-feira, o órgão passou a calcular a demanda global total em 419,16 milhões de toneladas, 2,98 milhões a mais que o previsto em fevereiro. Os estoques finais foram reduzidos em 2,93 milhões de toneladas, para 121,41 milhões de toneladas, e passaram a representar 29,7% da demanda, ante 30,6% no relatório divulgado no mês passado. No ciclo 2023/24, essa relação ficou em 29,3%, e em 2022/23, em 27,6%.
Para a oferta, o USDA não promoveu alterações significativas. O volume total continua projetado em 420,76 milhões de toneladas, puxado por Brasil (169 milhões de toneladas), EUA (118,84 milhões) e Argentina (49 milhões). Brasil e EUA também lideram as exportações, com 105,5 milhões e 49,67 milhões de toneladas, respectivamente, e a China encabeça as importações, com 109 milhões de toneladas.
Milho
No tabuleiro do milho, as alterações promovidas pelo USDA, também pontuais, levaram a uma redução dos estoques, mas menos expressiva. A produção mundial agora está estimada pelo órgão em 1,214 bilhão de toneladas, a demanda em 1,239 bilhão e os estoques finais em 288,94 milhões de toneladas. Assim, os estoques representam 23,3% da demanda, ante 25,8% em 2023/24 e 26% em 2022/23.
Segundo o USDA, os maiores produtores de milho do mundo em 2024/25 são EUA (377,63 milhões de toneladas), China (294,92 milhões) e Brasil (126 milhões). Os maiores exportadores são EUA (62,23 milhões de toneladas), Brasil (44 milhões) e Argentina (36 milhões), e o maior país importador é o México (24,5 milhões).
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