Plano Safra da Agricultura Empresarial terá R$ 516,2 bilhões; juros aumentam

Montante é R$ 8 bilhões superior ao do plano anterior, e taxas estão entre 1,5 ponto e 2 pontos percentuais mais elevadas
Fernando Lopes

Mais recursos, com juros mais elevados. O Plano Safra da Agricultura Empresarial terá R$ 516,2 bilhões nesta temporada 2025/26, R$ 8 bilhões a mais que no ciclo 2024/25, e as taxas de suas principais linhas de crédito vão subir de 1,5 ponto a 2 pontos percentuais, para entre 8,5% e 14% ao ano, em razão da elevação da taxa básica de juros no último ano. O novo plano está entrando em vigor nesta terça-feira. 

Do total de recursos, R$ 414,7 bilhões serão destinados a operações de custeio e comercialização, com aumento de 3,3% ante 2024/25. Para as linhas de investimentos, haverá queda de 5,4%, para R$ 101,5 bilhões. Um dos principais focos do governo no agro, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) contará com R$ 69,1 bilhões em recursos controlados a juros de 10% ao ano, ante R$ 65,2 bilhões no plano anterior.

Foi prorrogado para esta safra 2025/26 o desconto de 0,5% da taxa das operações de custeio para produtores rurais que adotarem práticas sustentáveis em sua atividade, sejam eles enquadrados no Pronamp (limite de renda de até R$ 3,5 milhões por ano) ou não. 

“A partir deste ano, o crédito rural de custeio agrícola passa a exigir a observância das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Anteriormente restrita a operações de até R$ 200 mil contratadas por agricultores familiares do Pronaf com enquadramento obrigatório no Proagro, a exigência agora se estende a financiamentos acima desse valor e a contratos em que o Proagro não é exigido”, informou o Palácio do Planalto.

O objetivo, segundo o governo, “é evitar a liberação de crédito fora dos períodos indicados ou em áreas com restrições, contribuindo para maior segurança e sustentabilidade na produção. A exceção ocorre somente nos casos em que não houver zoneamento disponível para o município ou para a cultura financiada”.

Nas linhas de investimentos, Moderagro (modernização) e Inovagro (inovação) foram unificados, com aumento do limite para aportes em granjas, sobretudo em medidas voltadas à sanidade animal após o primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade confirmado no país, em Montenegro (RS). O subprograma RenovAgro passou a contemplar ações de prevenção e combate a incêndios, enquanto o programa de armazenagem (PCA) também foi ampliado – o limite de capacidade por projeto passou de 6 mil para 12 mil toneladas. 

Raízen dá mais um passo para ampliar seus ganhos de eficiência e superar a crise

Empresa firmou com a subsidiária Raízen Energia um protocolo de cisão parcial

Chuvas provocam atraso no plantio de trigo no Rio Grande do Sul

Mas, segundo a Emater/RS-Ascar, melhora do tempo esta semana deverá destravar trabalhos

Colheita da safrinha de milho dita o comportamento dos preços dos fretes agrícolas

Segundo a Conab, houve quedas em boa parte dos Estados em maio, mas em Mato Grosso, por exemplo, os valores já subiram no mês

Resenha NPagro: Ricardo Santin, da ABPA, fala sobre a retomada das exportações de frango

Um resumo do que foi a semana no agronegócio no Brasil e no mundo e um pouco do que ainda está por vir. Com Alexandre Inacio e Fernando Lopes

“No agro, é muito importante saber escolher a melhor alternativa financeira para cada momento específico”

Inscreva-se para receber
as notícias gratuitamente

Ao inserir seu e-mail, você concorda em receber a newsletter do NPAgro. Você pode cancelar sua inscrição a qualquer momento

MAIS LIDAS

Economia

Ministério da Fazenda suspende financiamentos do Plano Safra 2024/25

Secretaria do Tesouro enviou ofício às instituições financeiras determinando a suspensão de novas contratações de crédito rural subvencionado

Insumos

Solubio volta a crescer e aposta em nova microalga para consolidar retomada

Após dois anos difíceis, empresa de biológicos “on farm” teve Ebitda recorde no 1º trimestre e prevê faturar mais de R$ 200 milhões este ano

Economia

Renato Costa: Temos US$ 100 bi para o Brasil, US$ 30 bi assinados e US$ 10 bi para o agro

CEO do Fundo Brasilinvest-ADIG quer criar ecossistema para atender o setor produtivo oferecendo, crédito, insumos e infraestrutura para escoamento
plugins premium WordPress