As exportações brasileiras de suco de laranja somaram 430,1 mil toneladas (equivalentes ao produto concentrado e congelado) e renderam US$ 1,877 bilhão nos primeiros seis meses desta safra 2024/25 (de julho a dezembro do ano passado), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela CitrusBR, entidade que representa as gigantes Citrosuco e Cutrale e Louis Dreyfus Company, que lideram os embarques globais. O volume caiu 19,7% em relação ao mesmo período do ciclo passado, enquanto a receita cresceu expressivos 42,7%, graças à disparada dos preços.
Principal destino das vendas do Brasil, que normalmente responde por cerca de 80% das exportações mundiais de suco de laranja, a Europa absorveu 228,7 mil toneladas de julho a dezembro, 22,2% menos que nos primeiros seis meses do ciclo 2023/24, mas pagou 41,1% mais por esse volume, ou US$ 1 bilhão. Os Estados Unidos, que ocupam o segundo lugar na exportação, mas vivem profundos problemas de oferta de laranja – em boa medida graças à doença conhecida como greening -, importaram do Brasil 161,6 mil toneladas (-7,2%), ou US$ 675,8 milhões (+56,4%).
Em comunicado, Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR, lembra que o segmento enfrenta o quinto ciclo consecutivo de safras de laranja pequenas e médias, com quedas de estoques de suco. A forte alta das cotações da commodity, que alcançou níveis históricos, já provoca queda do consumo, e essa tendência deverá levar a uma redução dos preços nos próximos meses.
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