A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e algodão do país, encerrou o quarto trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 51,4 milhões, ante perda de R$ 153 milhões em igual intervalo de 2023. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 9,2%, para R$ 611,2 milhões, e a receita líquida da companhia cresceu 3%, para R$ 1,975 bilhão.
Segundo a empresa, a retração do prejuízo se deve, em parte, aos problemas observados no quarto trimestre de 2023, quando o clima prejudicava lavouras de soja em Mato Grosso no ciclo 2023/24 Nesta safra 2024/25 a colheita também atrasou no Estado, mas um ano antes a situação era bem pior. Também de acordo com a SLC, em boa medida a queda do Ebitda trimestral refletiu a redução do resultado bruto obtido principalmente com soja e o aumento nas despesas com vendas, sobretudo de algodão.
Entre outubro e dezembro do ano passado, as vendas de soja (comercial + sementes) da SLC recuou 60,1% na comparação com o quarto trimestre de 2023, para 111 mil toneladas, enquanto as de milho foram 34,3% menores (203,9 mil toneladas). Já as vendas de algodão aumentaram 50,3%, para 122,5 mil toneladas.
Com a quebra da safra brasileira de grãos em 2023/24 e a baixa das cotações de produtos como soja e milho, no exercício 2024 como um todo a SLC viu seu lucro líquido cair 48,6%, para R$ 481,7 milhões. O Ebitda ajustado registrou redução de 24,8%, para R$ 2,037 bilhões, e a receita líquida ficou em R$ 6,916 bilhões, em queda de 4,4%.
Com as perspectivas de colheita de grãos recorde nesta safra 2024/25 no Brasil, a tendência de alta das cotações do milho nos mercados externo e doméstico e a recente aquisição de cerca de 100 mil hectares (primeira e segunda safras) que eram da Sierentz Agro Brasil, o cenário para a produção da SLC é positivo em 2025.
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