Diferentemente do que acontece com a soja, no mercado global de milho a tendência é de redução dos estoques nesta safra 2024, o que sugere que as cotações do cereal deverão encontrar maior suporte nos próximos meses. Segundo cálculos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os estoques finais de milho representarão 23,7% da demanda mundial na atual temporada, ante 26,1% no ciclo 2023/24 e 26% em 2022/23.
De acordo com o órgão americano, a produção global deverá somar 1,214 bilhão de toneladas em 2024/25, 1,3% (15,66 milhões de toneladas) a menos que em 2023/24. Maior produtor do mundo, os EUA colheram 377,63 milhões de toneladas, uma queda de 3,1% (12,04 milhões de toneladas) em relação a 2024/25, e são os responsáveis pela redução da oferta, seguido por produtores secundários como Rússia e Ucrânia.
Em contrapartida, grandes celeiros de milho como China e Brasil estão com a produção em alta. Conforme o USDA, o volume chegou a 294,92 milhões de toneladas em 2024/25, 2,1% (6,08 milhões de toneladas) a mais que no ciclo anterior, e alcançará 127 milhões de toneladas no Brasil, com incremento de 4,1% (5 milhões de toneladas).
Sempre conforme o USDA, a demanda mundial registrará crescimento de 1,7% (21,25 milhões de toneladas) de 2023/24 para 2024/25. Esse avanço é puxado pela China, que ainda deverá importar nesta temporada 13 milhões de toneladas para suprir sua demanda, 44,5% (10,41 milhões de toneladas) menos que no ciclo passado.
As exportações, por sua vez, voltarão a ser lideradas pelos EUA em 2024/25, com volume previsto pelo USDA em 62,23 milhões de toneladas, em alta de 6,9% (4 milhões de toneladas). O Brasil também se destaca pelo aumento projetado nesta frente em 2024/25 – de 19% (7,5 milhões de toneladas), para 47 milhões de toneladas.
Ao fim e ao cabo, o USDA calcula os estoques finais mundiais da safra 2024/25 em 293,34 milhões de toneladas, ante 317,46 milhões de toneladas em 2023/24 e 304,67 milhões em 2022/23.
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