Depois de ter sido da melhora pagadora de dividendos entre as empresas listadas na bolsa brasileira em 2024, a Marfrig ainda não sabe ao certo quanto está por vir em 2025. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 2,8 bilhão em 2024, revertendo um prejuízo de R$ 1,5 bi em 2023.
Pelas regras do Novo Mercado, 25% do lucro já estão garantidos aos acionistas, ou seja, cerca de R$ 700 milhões. Mas há quem espere por mais. Em novembro do ano passado, a Marfrig anunciou o pagamento de R$ 2,5 bilhões em dividendos, com base nos lucros apurados no terceiro trimestre do ano. O montante será imputado ao dividendo obrigatório do exercício de 2024.
Marcos Molina, presidente do conselho de administração da Marfrig e maior acionista da companhia, tranquilizou os analistas durante a conferência de apresentação de resultados de 2024. No entanto, ele disse querer esperar até abril para conseguir ter uma visão mais clara sobre o mercado.
“Quero esperar o primeiro trimestre, terminar março e abril. Vamos ter a definição [da venda dos ativos para a Minerva] no Uruguai, vamos ter uma visão mais clara do mercado interno do Brasil, das exportações e dos preços de grãos para tomar uma definição quanto aos dividendos”, disse o empresário.
Outro ponto que Molina disse estar fora de suas prioridades é a possível fusão entre Marfrig e a BRF. Para o empresário, existem outras prioridades a serem equacionadas como o investimento no segmento de colágeno e a planta na China do lado da BRF. No caso da Marfrig, está na frente da fila o aumento da participação de processados na receita da empresa, os investimentos em marcas e a definição em relação às plantas do Uruguai.
“Tem tanta coisa pra olhar que essa questão societária é uma coisa que eu menos me preocupo. Eu não estou olhando, não tem nada definido e para mim é uma coisa secundária. Estamos olhando para ver o que é melhor para a Marfrig, o que é melhor para a BRF”, disse Molina.
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