Custeio da próxima safra de grãos em Mato Grosso vai aumentar

Valorização dos insumos também torna cenário mais difícil para operações de barter
Fernando Lopes

A alta dos preços dos insumos vai encarecer o custeio da próxima safra de grãos em Mato Grosso, que lidera a produção brasileira de soja e milho. Segundo informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea/Famato) baseadas em valores praticados em março, o CPA (custo de produção agropecuária) da soja para plantio em 2025/26 no Estado chega a R$ 4.118,61 por hectare, 3,75% mais que em 2024/25. 

“Com a elevação dos custos e a necessidade de aquisição de produtos, muitos sojicultores que optaram, nesta temporada [2024/25], por realizar a relação de troca (barter) enfrentam um cenário desfavorável para alguns insumos”, realça o Imea, em boletim. Em março, o sojicultor de Mato Grosso tinha que gastar 24,98 sacas de 60 quilos do grão para adquirir 1 tonelada do fertilizante MAP (fosfato monoamônico) e 45,26 sacas para comprar 1 tonelada de Super Fosfato Simples, com altas de 29,97% e 18,23% em relação a um ano atrás.

Também por causa do aumento de preços de sementes, defensivos e macronutrientes, o custeio (CPA) do milho de alta alta tecnologia em Mato Grosso na próxima temporada era calculado, em março, em R$ 3.163,85 por hectare, com incremento de 1,05% ante o valor de fevereiro. Já o custo operacional efetivo (COE) chegou a R$ 4.640,95, 0,76% acima do calculado no mês anterior. O custo total atingia R$ 6.515,04.

“Para que o produtor de milho consiga cobrir seus gastos com o COE, considerando o preço médio ponderado da comercialização, até março de 20225, de R$ 43,12 por saca, é necessário que a produtividade média da safra 2025/26 atinja 107,62 sacas por hectare”, analisou o Cepea em seu boletim semanal sobre o mercado de milho.

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