Lucro da VLI cresce 10 vezes mesmo com queda no volume das ferrovias

Produtos agrícolas ganham importância e passam a representar 65% do mix da companhia; siderurgia e construção recuam 3 pontos percentuais
Alexandre Inacio

A VLI Logística fechou 2024 com um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão. O resultado representa um crescimento de 10 vezes em comparação ao lucro de R$ 131 milhões obtido em 2023. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização avançou 34% e fechou o ano passado em R$ 4,97 bilhões.

Já a receita da VLI em 2024 alcançou R$ 10,8 bilhões, com crescimento de 7% sobre o ano anterior. O segmento ferroviário foi responsável por 76,8% da receita da companhia, enquanto os serviços portuários representaram 20%. O transporte rodoviário e as partilhas de frete tiveram uma participação de 2,8% e 0,4%, respectivamente.

O aumento do lucro e receita ocorreram mesmo diante da queda dos volumes transportados. Pelas rodovias que administra, a VLI reduziu em 2% o volume movimentando, alcançando 60,1 milhões de toneladas. Já nos portos, o volume se manteve praticamente estável em 2024, com 43,1 milhões de toneladas. O único crescimento foi registrado no modal rodoviário, onde a VLI transportou 3,5 milhões de toneladas, 23% a mais do que em 2023.

“A performance positiva em um cenário complexo como o de 2024 revela maturidade da VLI e a robustez dos nossos processos. Com estruturação, produtividade e racionalização de recursos, conquistamos um resultado significativo, que mostra que estamos no caminho certo”, disse em nota Fábio Marchiori, CEO da VLI.

Apesar dos problemas com a safra do Centro-Oeste, em especial de Mato Grosso, os produtos agrícolas ganharam ainda mais importância para a VLI. Em 2023, fertilizantes, grãos e açúcar representam, juntos, 63% do total transportado pela companhia. Em 2024, esse percentual passou para 65%.

O grande responsável pelo crescimento foi o açúcar, que passou de 10% em 2023 para os atuais 12% no ano passado. A participação dos grãos no mix de produtos transportados se manteve inalterada em relação a 2023, em 43%. O mesmo ocorreu com os fertilizantes, que representaram 10% do total.

Em 2026, o contrato de concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) chega ao fim. Em 2024, a VLI entrou com pedido para renovação antecipada do contrato.  Ao longo do quarto trimestre do ano passado foram concluídas as audiências públicas para o processo de renovação. Agora, a empresa aguarda uma definição do governo federal.

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